É triste mas é verdade, confiamos certos acontecimentos da nossa vida a certas pessoas que depois usam e abusam desse facto para nos atirarem piadas na sala de chat, como se fossem donos da verdade e do bom senso, ignorando que foram fiéis depositários de confidências que fizemos de coração aberto.
Na realidade, penso que estas pessoas forjam uma imagem de perfeição que nunca tiveram e aproveitam os nossos desabafos para preencherem vazios, incongruências e defeitos que reconhecem em si próprios mas cujo ego os impede de se calarem quando mais deviam.
Tudo me passa ao lado quando são comentários vindos de gente que nem sequer me conhece, mas custa-me quando partem de pessoas que partilham o meu msn e um blog comum e depois espalham e comentam publicamente como se achassem ter esse direito. Obviamente que não deixo passar este tipo de atitudes, apenas deixo certas poeiras assentar e depois digo de minha justiça. Não será a primeira, a segunda, a terceira, nem a última vez que o faço, pois a última palavra será sempre a minha nestes assuntos.
Aquela quadra que tenho ali ao lado do António Aleixo, e que aqui transcrevo, vem de encontro a esta, e a muitas outras situações, com que me tenho deparado nestes quase quatro anos de “navegações” pela Internet e se ainda dúvidas tivesse acerca de certas pessoas, pois agora já não as tenho, é a pura realidade. Mas não são estes contratempos que me vão impedir de continuar a acreditar nas pessoas, até porque quem realmente tem algum valor nesta vida acaba sempre por ter quem o reconheça.
E ainda bem que tenho este meu feitio porque, apesar de ser uma Maria entre tantas outras, apesar de ser apenas a Kakau, sei respeitar quem em mim confia e penso que, afinal, é algo que muita gente não consegue. Por vezes nem se trata de uma questão de boa educação, trata-se tão simplesmente de uma questão de carácter. Aqui canto eu de alto porque não sou hipócrita, estou muito acima de “figurantes” que têm o rei na barriga mas que na verdade apenas têm moinhos de vento para abanar as pobres mentes.
Não são só pobres mentes que possuem, falta-lhes também algo que me invejam e que por isso me tentam atacar. E digo invejar sem qualquer tipo de superioridade, ou vaidade, trata-se de dar o verdadeiro nome ao que é pertinente. E o que lhes falta é alegria e sobretudo… Alma. Essa tenho-a eu e se há coisas que me dêem mais orgulho de ser invejada é precisamente por isso.
Também é por ter alma que tenho verdadeiros amigos, mais do que os dez dedos das mãos, e são uma das minhas grandes riquezas. Os outros… os outros não passam de meros objectos voadores que pairam por aí sem saber bem onde pousar. E desses o que eu tenho mesmo é… pena.
.*.*.K.*.*.
Sei que pareço um ladrão,
Mas há muitos que eu conheço,
Que sem parecer o que são,
São aquilo que eu pareço.
António Aleixo