sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Vestida de Ballet



Um dia de ballet me vesti…
As sapatilhas rasas calcei…
E em passos alegres dancei…
Rainha e senhora de uma plateia…


Um dia em pontas hesitei…
Tentando seguir a mestra…
Gemendo muito baixinho…
Mas lacrimejando de felicidade…
Rainha e senhora da minha vontade…
Desejando mais palcos pisar…
Sonhando ser prima ballerina
E em esvoaçantes tules de neve girar…


Um dia de saltos altos dancei…
Um pas de deux sem fim…
Nos jardins suspensos da Babilónia…
Abandonada à clave de sol do Amor…
Com timbres de eternas promessas…
Simples figurante de um mundo…
Onde só a ilusão era senhora e rainha.




terça-feira, 27 de novembro de 2007

Dar




Dou-te um sorriso de Sol…
Para afastar o frio da distância…

Dou-te um abraço de Lua…
Para iluminar a tua noite…

Dou-te um beijo de estrelas…
Para te embalar nos sonhos…

Dou-te a minha alma…
Para levares para lá do arco-íris…

Dou-te a minha paixão…
Envolta em laços de mar…

Dou-te o meu olhar sereno…
Para aquietar os teus desassossegos…

Dou-te um chá de afecto…
Com a cor do meu coração…

Dou-te a minha mão…
Para segurar a tua na viagem…

Dou-te o pouco que sou…
Para fazeres dele um todo…







Sei



“Só sei que nada sei”…
E… no entanto…
Tanta coisa eu sei…

Tanto que gostaria de saber…
Tanto que procuro…
Tanto que não encontro…
Tanto que já vivi…
E, quem sabe, tantos dias que faltam…
Desejos de viver ainda muito do que sei…
E que no escuro da noite têm a sua luz…





Tantas coisas que procuro entender...
Incógnitas que povoam o meu ar…
Outras tantas que sei tão bem…
Certezas que rasgam o véu da inocência…

Mares de coisas que ondeiam por mim…
Espumas de conchas que desenham imagens…
Nas areias da minha cogitação…
Coisas de beijos e abraços…
Coisas de princípios e fins…
Coisas certas no meu abecedário…
Verdades do meu dicionário…
Escritas em folhas de perfumes...
Levadas por ventos de maresia…

Coisas do coração que pulsa baixinho…
Imprimindo força e sangue nos desejos…
Ganhando e perdendo veias de paixão…
Num eterno conhecimento…




Coisas de amor ofertadas com olhares…
Num cálido e sincero abraço…
Levando lágrimas de sal na palma da mão…
Coisas que a idade não esquece…
Proibindo alguns jardins da alma…
Mas deixando, enfim, uma evasão desejada…
Para longínquas paragens de sombras frescas…
Num cerrar de pálpebras cansado…
E também num despertar de vontades férreas…


Tantas coisas que passam…
Coisas de um tempo só meu…
Tantas névoas por findar…
Tanto ainda por palmilhar…
Tantas coisas que eu não sei…
Tantas coisas que apenas sei…



1 ano ♥

.*.*.K.*.*.


segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Segurança: Part II



Tinha de fazer a Part II dos ditos preservativos porque a Menina Momentos e o Menino Flash, respectivamente Xinduela e Xinduelo do Puortu, também têm a sua Label, ahahah!



Preservativos Flash: A fama que vem de longe...
Preservativos Xinduelo: Tão à medida quanto o sapatinho!!!

(autoria do Xinduelo du Puortu)


Preservativos Momentos: Sinta-se fora cá dentro…
Preservativos Momentos: Não vais conseguir parar de usar…
Preservativos Momentos : Sente-me…

(autoria da Xinduela du Puortu)




Mas como não se lembraram do Flashinho, cá vai um só pa ele, caraguh!


Preservativos Flashinho: Morde-me! Morde-me!

(autoria da Xinduela de Chiclate)


Agora mais uns que vieram à tola da je:

Preservativos Alcina Lameiras: Não negue à partida uma ciência que desconhece…
Preservativos Alexandrino: Firme e Hirto!
Preservativos Herman: És tão boa, és tão boa, és tão boa!
Preservativos Tony Silva: O verdadeiro artista...
Preservativos Rod Stewart: Do you think I’m sexy?
Preservativos Camarinha: Du iu uante a xócóleite?
Preservativos Shakira: Underneath your clothes...
Preservativos JLo: Qué hiciste?
Preservativos Abrunhosa: Tudo o que eu te dou…
Preservativos Kakau: “São como o algodão… não enganam!"


Momento de loucura





Quando te encontrar...



Levar-te-ei até à cama...



Sem pedir licença...



Tocar-te-ei em todo o teu corpo,



E sadicamente...



Te possuirei!



Vou-te deixar com uma enorme



Sensação de cansaço...



Entregue!



Lentamente...



Vou-te fazer sentir arrepios,



Fazer-te suar...



Profundamente!



Irás gemer...



Até chorar.



Deixar-te-ei ofegante,



Tirar-te-ei o ar,



A tua cabeça pulsará.



Da cama...



Não conseguiras sair...



E quando terminar,



Irei embora.



Até à próxima...


Assinado:



A Gripe



(autor desconhecido)



domingo, 25 de novembro de 2007

Segurança



Preservativos Nike:
Just do it...
Preservativos Pepsi: Ask for more...
Preservativos Pringles: Quando fazes pop, já não há stop...
Preservativos M&M's: Desfazem-se na boca e não na mão...
Preservativos Duracell: E duram e duram e duram...
Preservativos Evax: Não se mexe, não se nota, não passa nada...
Preservativos Red Bull: Dão-te asaaaaas...
Preservativos Pescanova: O bom sai bem...
Preservativos Sagres: A nossa Selecção...
Preservativos Superbock: Sabor autêntico...
Preservativos McDonald's: Oferta 2 x 500...
Preservativos Nokia: Connecting people...
Preservativos Loreal: Porque eu mereço...
Preservativos Samsung: Everyone is invited...
Preservativos Carlsberg: Provavelmente o melhor preservativo do mundo...
Preservativos Ferrero Rocher: Clooney… apetece-me algo...
Preservativos Dove: Com 1/4 de creme hidratante...
Preservativos BIC: Bic Laranja ponta fina, Bic Cristal ponta normal...
Preservativos Kodak: Para mais tarde recordar...
Preservativos Pingo Doce: No sítio do costume...
Preservativos Paginas Amarelas: Vá p’los seus dedos...
Preservativos Chiclete Ice: Um estalo de prazer...
Preservativos Halls: Ainda fresco...
Preservativos Luso: Tão natural como a sua sede...
Preservativos Michelin: Quilómetros de estrada...
Preservativos TMN: Mais perto do que é importante...
Preservativos Vodafone: Onde você estiver está bem...
Preservativos Optimus: Segue o que sentes…
Preservativos Herbal Essences: Simmm…oh Simmm!!!



(Estes são meus)
Preservativos Portugal: Vá pra fora cá dentro…
Preservativos Sporting: Só eu sei porque não fico em casa…
Preservativos Quim Barreiros: Tem noites que dá uma, tem noites que dá duas...
Preservativos Galp: Dá-lhe gás!
Preservativos Kakau: “Sei-te de cor”

sábado, 24 de novembro de 2007

Dias


Dias que voaram como cometas…
No calendário da vida…
Perderam-se na imensidão galáctica…
Para não mais voltar…

Dias que espero renascidos…
Regressados de auroras boreais…
De densas brumas oceânicas…
Para florescerem num terno clarear…

Dias que escoam como rubras gotas…
Dos olhares diamantinos de sempre…
Zelosamente guardando ósculos de luz…
Sabores de um passado ainda presente…

Dias de sempre eternizados por letras…
Aquentando frias e nostálgicas noites…
Manhãs de Sol e ventos atlânticos…
Soprando velozes e esmaltados de branco…
Numa promessa de todos os azuis…


sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Magia






O Ser Humano tem dentro de si o Belo e a Estética.





Quando os demonstra e os alia à técnica dá-nos tesouros que ficam na nossa mente, nos nossos sentidos e na nossa alma para sempre… na nossa eternidade humana…

Muitos pares de dança conseguiram momentos mágicos mas estes dois são para mim a Magia, a Perfeição, a simbiose de duas cadências numa só…

Desde criança que me fazem sonhar e me fazem voar para o mundo das maravilhas, para lá do arco-íris, para um infinito azul, um cantinho só meu onde guardo os meus segredos…

Sinto-me mais rica por ter tido o privilégio e a felicidade de os ver, ainda que apenas na caixinha mágica, mas em nada diminuiu a beleza e o encantamento.



Margot Fonteyn e Rudolf Nureyev

Lago dos Cisnes




Fred Astaire e Ginger Rogers

Cheek to Cheek



quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Distâncias






Há distâncias que destroem laços…
Que fecham esperanças e quereres…
Que afastam para sempre…

Há outras que guardam em si a Esperança…
Fazendo do longe sempre perto…
Alimentando a alma de brilhos…

Há palavras que vencem todas as distâncias…
E ecos de vozes que perduram na mente…
Guardando raízes do passado e do presente…
Lançando sementes de futuro…

Existem momentos que não podemos explicar…
Que nos impelem a dar passos desconhecidos…
Que nos obrigam a enfrentar dores contidas…

E levados por impulsos que não controlamos…
Vagueamos pelas recordações com coragem…
E somos invadidos por uma firme e única certeza …

Há amores que as distâncias não apagam…
Apenas ficam expectantes… no espaço… e no tempo…


quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Gostos





Gosto de ti …
Porque és água da nascente…
Cascata fresca que me molha os cabelos…
Lume que ateia os meus sentidos…

Gosto de ti…
Porque me trazes ventos de searas…
Girassóis que me fazem sorrir…
Flores silvestres que me perfumam…
E sabores de doces conventuais…

Gosto de ti…
Porque sabes a pão fresco…
E a chás exóticos dos marajás…

Gosto de ti…
Porque és vinho dos Deuses…
Quente e da cor do sangue…

Gosto de ti…
Quando estás triste…
E te queixas da vida...
Para poder acarinhar-te…
Abraçar-te com doçura…
E dizer-te assim baixinho…

Gosto de ti… gosto de ti… gosto de ti…


terça-feira, 20 de novembro de 2007

Natal

As melhores e mais bonitas coisas deste mundo não podem ser vistas nem ouvidas, precisam de ser sentidas com o coração.

Helen Keller


Natal é…

Partilhar sonhos…
Trocar sorrisos…
Estender a mão…
Abraçar com força…
Dar um beijo no rosto…
Ajudar quem precisa…
Dar Amor…

Natal é…

Saber ouvir…
Saber entender…
Ser simples…
Ser humilde…
Ser amigo…
Saber respeitar…



Os Outros…







A Natureza…






E os Animais…







Natal é…



Agradecer.




segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Faz de conta

Não há dias frios contigo…
Nem o meu desejo é cinzento…
Tem toda a cor que lhe dei…
A força do meu frágil coração…
Que não pode… nem te quer esquecer…

Não haverá pensamentos, nem cores…
Que me levem para junto de ti…
Mas que inventam razões para voar…
E levitar nos quereres de todos dias…
Quebrando amarras e normas…
Escrevendo outra dimensão…
Fazendo do Não um Sim…







Em ilusões adormeço os sentidos…
Neste encantado castelo de fantasia…
Num livro de contos de fadas…
Na beleza de jardins de samurais…
Salpicados de orquídeas delicadas…



Então… à luz da lua e das estrelas…
Chegas veloz num cavalo branco…
Corres para as ameias dos sonhos…
Onde te espero com um olhar de seda…
Queimando incensos de suaves orientes…
Dás-me um beijo inventado por duendes…
Acendes a minha alma como um relâmpago…
Como se não houvesse horas, minutos, ou segundos…
Como se o mundo chegasse agora ao fim…




E assim… dançando numa chuva de estrelas…
Velejando em nuvens de quimeras…
Em mil céus de todos os azuis…
Nas ondas de todos os mares…
E nas correntes de todos os rios…
Selamos o cosmos da paixão…
E ficamos juntos para sempre.





sábado, 17 de novembro de 2007

Solidão



Pintei as quatro paredes de sorrisos…
E em cada uma colei as tuas fotos…
Para beber o teu olhar…

Em todas elas há cores…
De ontem…
De hoje…
E de amanhã…

Com cada tom partirei feliz…
Levando-te comigo para o infinito…
Para te lembrar na alma… com a alma…

Cada riso meu te dou…
Envolto em perfumes nossos…
Com o calor teu e meu…

Sinto os teus cabelos nas minhas mãos…
Fortes e macios…
Guardo o gosto do teu beijo…
Quente e delicioso…

Tenho a energia das tuas mãos nas minhas…
E deixo em Ti a paixão…
Com toda a minha ternura que é tua…

Levo os nossos abraços para o horizonte…
De um deserto que fizemos só nosso…
Num segredo de luzes e magia…

Sempre que a solidão me assombrar…
Terei a imagem dos teus olhos em mim…
E a aragem dos teus suspiros na minha pele…

Piso a areia desta praia…
E no sueste do nosso mar me perco…
Mergulhando no futuro que amanhece…

Gosto de Ti.




sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Diz-me


Diz-me…

E se o mundo fosse quadrado?
Se o Sol fosse azul,
E brilhasse num céu cor-de-rosa?
Se as estrelas fossem negras,
E o mar fosse amarelo às bolinhas púrpura ?
Se os montes e vales fossem azuis turquesa,
E a Lua rectangular, às riscas verdes e brancas?

Se fôssemos todos da mesma cor,
E falássemos Esperanto?
Se não houvesse divisões,
E fôssemos apenas um país?
Se a Terra fosse única no Universo,
E este fosse um jardim com flores?
Se tivéssemos asas e pudéssemos voar,
Se fôssemos todos felizes e não houvesse,
Doenças, partidas e desgostos?




Diz-me…

Como seria?
Mudava algo em nós? Em ti e em mim?
Poderia caminhar a teu lado e dizer…?
Quero ficar aqui contigo…
Será que podia ser assim?






terça-feira, 13 de novembro de 2007

Essência










A vida passa por nós…
Trazendo e levando sonhos…
Amores e paixões…
Dando guarida a desejos sem fim…

A vida vai passando por nós…
Como imagens na caixinha mágica…
Exibindo-nos com todas as cores…
Quem somos…
Como somos…
Para onde vamos…

E no vendaval das nossas confusões…
Perdidos nas nossas dúvidas e incertezas…
Nos momentos em que nos sentimos à deriva…
Sentimos que a nossa essência está ali…
No cantinho das mil recordações…
Tesouros guardados com perfumes de ontem…
Diamantes lapidados em perfeitos brilhantes…
Cintilando na noite como pirilampos…
Brilhando de dia como o Sol…
Palavras que não foram ditas ao vento…
Tatuadas na nossa alma com Amor…
Vinil que gira nas rotações de ontem…
Imortais melodias de antanho…
Ramalhete singelo com nós de esperança…
E de esperança latente em Nós…
A nossa essência…
A nossa alma…
A nossa razão…
A nossa vontade…
Elos que nunca se perderam…
Laços construídos e nunca quebrados…
Apenas interrompidos por instantes…
Longos… breves… quem sabe…
Mas sempre…
Para sempre…
Eternamente eternos.







segunda-feira, 12 de novembro de 2007

A Verdadeira Monarquia





"¿Por qué no te callas?"



A Verdadeira Monarquia...
Ser Rei de um povo...
Nunca deixando de ser também…
Cidadão…
Conhecedor da realidade...
Informado...
Esforçado...
Defensor...
Justo…

Ser Rei é zelar pelos seus...
Pela justiça em geral...
Fazendo sentir a todos os “Chávez” desta vida...
O que não lhes é permitido....


Com energia...
Sem medos...
Sem cobardias de conveniência...

Don Juan Carlos de Bourbon
Um exemplo a seguir...
Por Reis...
Rainhas...
Chefes de Estado...
Por todos...

Um Futuro...
Um Padrão...
Um Aplauso.

Muchas gracias!




sábado, 10 de novembro de 2007

Alma



Nem sempre são os anos que mais pesam…
Ou a enfadonha rotina diária que nos emudece…
Nem é sequer o peso da vida que nos vence…

Há quem viva… há quem vá vivendo…
Fardos mais leves… ou mais pesados…
Há quem fique agrilhoado ao passado…
Há quem viva apenas o presente…
Há quem exista na ilusão do futuro…

Mas, de todos os pesos, de todos os fardos…
De todos os negrumes que nos invadem…
De todas as ventanias que nos abalam…
Maior de todos é o peso da alma…
Que rasgada, torturada, mas também infinda…
Guarda em si toda uma vida, todas as imagens…
Todos os sons, todas as chegadas, todas as partidas…

Tem a alma a triste tarefa de fazer sorrir, de fazer chorar…
De lembrar que do Passado fizemos um novo Presente…
Para podermos querer um outro Futuro…
Dividida em farrapos mil ou em sorrisos de prata…
A ela cabe em todas as fracções do tempo…
Dobrar o cabo das tormentas dos sentires…
Vencer um eterno Adamastor que nos aflige…
Ser o papel principal do nosso Eu…
Ser ela a fiel guardadora do que somos…
A dor de ser a mãe de todas as dores…
Um pranto banhado por Sol e brumas…
Um mar de chamas que nos queima as entranhas…
Um firmamento de estrelas perdidas…
Um olhar que nos leva sempre mais longe…
Uma noite de profundo breu e gelo… ou…
Uma vereda florida e perfumada…
Onde suaves cânticos nos embalam…
Mitigando-nos parcamente os lamentos…

E ainda que cansada, exangue e ferida…
Guerreira de todas as batalhas perdidas ou vencidas…
Fortaleza que ergue ou derruba as muralhas do silêncio…
Cabe à alma… ser a Alma de todas as coisas…







Música fanada ao Mano Azul, Excelsior,

com pré-aviso e devida licença (*)

Simplicidade






A simplicidade de sermos nós próprios…
Com o que temos de bom e o que temos de mau…
Com os nossos defeitos e as nossas qualidades…
O que sabemos e o que não sabemos…
O que já aprendemos na nossa vida…
Tudo o que ainda falta para aprender…

Somos o que somos e assim temos de ser aceites…
Não podemos ser mais… nem menos…
Temos de ser apenas e simplesmente nós…
Trilhando o caminho da transparência…
Fazendo da verdade o nosso baluarte…
A cada dia e todos os dias da nossa existência…
Só assim poderemos estar em paz…
Só assim poderemos sorrir para o horizonte...






E à noite, ao chegar a hora dos sonhos azuis…
A sós com os nossos pensamentos…
Fazendo de cada lágrima um raio de luz…
E da tristeza um ramo de esperança…
Cada um de nós poderá dizer para os seus botões…
Eu... sou apenas eu.



sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Hoje e agora




Hoje…

Não gosto mais de Ti do que ontem…

Porque Te Gosto Demais…





O amanhã está escrito mas…

Fecho os olhos e sonho…

Pairo neste gosto que me dás…

Vivendo cada instante…

Hoje e agora…

Sentindo como Eu Gosto…

De Gostar de Ti…





quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Crianças



Vendo e ouvindo a Connie Talbot fiquei enternecida com esta pequenina boneca de apenas seis anos, qual pequenina ave canora cuja melodia nos entra no coração.

Veio-me de novo, e sempre, à lembrança o Rui Pedro, a Maddie, e todas as crianças a quem foi negada a vida em vida, a quem foi negado o futuro e a felicidade de serem precisamente crianças no tempo dos sonhos e dos risos alegres.

Este eterno e maravilhoso poema do Augusto Gil são memórias da minha infância, sentada na minha carteira do colégio a lê-lo, pensando nos meninos e meninas como eu mas que não tinham a minha sorte. Nessa altura ainda não sabia que outros caminhos ainda mais negros existiam... porque era apenas uma criança.






BALADA DA NEVE


Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza

Fui ver.
A neve caía do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho.

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?
Porque padecem assim?

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim,
fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.

Augusto Gil

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Nós






Barreiras intransponíveis… falésias do gostar…
Desvanecer sentimentos que não se calam…

Noutros tempos… noutras vidas… algures…
O que foi… ou poderia ter sido…
Neste gostar… nesta paixão latente… nada é possível…
Dói o tempo… doem as palavras… dói o sentir…

Enleados num tempo sem fim…
Sem querer… e querendo também…
Confessando que a paixão impôs mais além da paixão…
Entristecendo o olhar… magoando a alma …

Gostando… até à última gota do gostar…







De Ti para Mim

Like The Sun, RyanDan

I tried to hide from you
But I failed
I tried to lie to you
But how I failed
And even in my darkest time
You gave me light
I never knew this kind of love
Could feel so right
When I'm in your arms
I find myself believe it
We could be anywhere
So I can keep on dreaming

Whenever you’re close to me
You’re like the sun
You feel like the sun
And everyday you’re telling me
I am the one
I am the one who makes you shine

And I know
Whenever you want me to, I'll go
And even when you’re not with me
I feel you’re there
I only have to look and see
And I'll know where
When I'm holding you
The world can stop it's turning
You’re always gonna pull me through
And I won't be returning

You’re like the sun
You keep me warm
You’re telling me

When I'm in your arms
We can be anywhere

You’re like the sun

02/11/07