Passos na noite, alegres, saltitantes, movidos,
Pés descalços na areia, molhados pela água morna,
Salpicados pela espuma cremosa de ondas suaves,
Que mansamente invadem a margem de tons champanhe,
Risos na noite estrelada, à luz do luar de prata,
E dos néons que piscam lá muito ao fundo,
Tal como pirilampos numa noite de Verão,
Aragem quente e forte que traz um ramalhete de aromas,
E os sons da alegria que se ouve no alto da falésia,
Gargalhadas sonoras e músicas ora mexidas, ora lentas,
São os sinais de uma estação que chegou pontualmente,
Trazendo memórias de mel e esperanças de açúcar,
Sabor a figos e alfarrobas com tons de verde e chocolate,
Ecos da lenda de uma princesa das neves alvas,
Envolta numa chuva de amêndoas caída das flores,
Das árvores da terra vermelha de um sul especial,
Num horizonte de rosas, amarelos, e laranjas,
Descendo a pique em mares azuis-escuros e turquesas,
Cobertos de limos de maresia,
Ele chegou assim, majestosamente, o Estio.
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