O Destino prendeu-me num Sol de Outono… alguns séculos atrás…
Concedeu-me um desejo que abracei como o mais azul de todos…
Entrei num cosmos secreto onde havia apenas um olhar espelhado no meu olhar…
Num Sol de Primavera jurei meu destino ao destino que pensei ser eternamente eterno…
Mas… como onda enraivecida… o Destino tinha outros destinos para o meu…
Desci ao inferno das amarguras, vivi na sombra de desesperos e incertezas…
A minha alma vagueou por desertos de mágoas, sequiosa do destino perdido…
O coração guardou memórias de um destino nascido nos céus, arrancado do meu por um Destino impiedoso…
Bebi o sal das lágrimas de um destino sem rumo… guardei nos sentidos o gosto de uma laranja amarga e doce…
Desci ao inferno das amarguras, vivi na sombra de desesperos e incertezas…
A minha alma vagueou por desertos de mágoas, sequiosa do destino perdido…
O coração guardou memórias de um destino nascido nos céus, arrancado do meu por um Destino impiedoso…
Bebi o sal das lágrimas de um destino sem rumo… guardei nos sentidos o gosto de uma laranja amarga e doce…
Então… na noite dos séculos da minha tristeza o Destino condoeu-se das minhas desventuras…
Numa oferta de paz trouxe nas mãos breves instantes de felicidade…
O meu olhar reencontrou aquele olhar… e mais umas linhas se escreveram no livro da minha vida…
Guardei sons… guardei palavras… guardei verdades que ganharam luz…
Toquei o céu… fechei feridas… vesti-me de branco… viajei nas estrelas… pedi os mundos de todos os cosmos…
Ensaiei a tímida esperança de um regresso ao meu porto de abrigo…
Cogitei que jamais o Destino me afastaria de Quem era meu destino…
Numa oferta de paz trouxe nas mãos breves instantes de felicidade…
O meu olhar reencontrou aquele olhar… e mais umas linhas se escreveram no livro da minha vida…
Guardei sons… guardei palavras… guardei verdades que ganharam luz…
Toquei o céu… fechei feridas… vesti-me de branco… viajei nas estrelas… pedi os mundos de todos os cosmos…
Ensaiei a tímida esperança de um regresso ao meu porto de abrigo…
Cogitei que jamais o Destino me afastaria de Quem era meu destino…
Mas, cruelmente cruel, o Destino marcou hora de partida e arrancou-me a visão dos meus desejos…
Deixando-me presa a um limbo onde a esperança se casa com o efémero…
Quando vier o Futuro… quero reencontrar o destino que o Destino me roubou…
Desejar que os céus abram um caminho perfumado de alegria para mim…
Que o meu fado não mais tenha gomos de saudade…
Que o Destino me una a um destino que sempre foi meu… de corpo e alma…
17 de Março de 1973*
8 comentários:
Este texto tocou-me profundamente, revivi cada linha com a minha alma reflectida no espelho.
Senti a musica a arrepiar a pele e por momentos consegui sentir-te e tocar-te.
Sorri porque estou perante uma alma maravilhosa, agradeço a partilha deste belo momento.
As imagens são perfeitas
Beijo sentido
O destino tem destas coisas... chega até a ser cruel! Mas acredito que, ao longo da caminhada, nós vamos moldando e alterando o destino que supostamente nos está traçado...
Beijitos e boa semana :)
Amiga,
Encanto é o que te digo. A continuação das lindas fotos, quase todas elas em azul, minha cor preferida. A música de Mafalda Arnaut, muito bem escolhida. O post, penoso pelo destino que não se convence de partir e chegar rápido. Mas...amiga eu acredito que ele te fará feliz e não tarda.
Bjs
giro giro *
bom blogue =)
Escreves com a linda alma que tens.
Muitos beijinhos:)*
Fiquei absolutamente sem palavras...gostaria de te dizer muita coisa, mas...não sou capaz. Levo as tuas palavras comigo e as fotos lindas.
Lindo!
Beijo imenso na tua alma...
Uma Páscoa serena e doce te desejo minha querida
:O)*
Perco-me perante a beleza do teu azul.
Intenso
Profundo
Perfeito
Beijo
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