Por mais que envelheçamos há sempre faces do espelho da alma que desconhecemos, eternos enigmas que tentamos razoar e que tantas e tantas vezes ficam sem desvendar.
A vontade, estranha característica que nos baralha diariamente. Hoje temos vontade de muita coisa, amanhã ficamos sem vontade de ter vontade, seja do que for.
Os desejos, grandes, pequenos, atropelando-se mutuamente sem encontrar uma saída. Quando encontram eco… rejubilamos, quando insatisfeitos… ficamos com aquele ar perdido no horizonte.
A saudade, espada cruel que nos trespassa sem dó nem piedade, deixando-nos indefesos como infantes.
A Vida, passagem envolta em mistério, linhas traçadas e entrelaçadas em lágrimas e sorrisos.
Nós, gente (?), que tanto falamos de Paz e Amor, mas que somos os piores predadores, que desrespeitamos todas as outras formas de vida, julgando-nos acima de tudo. Teremos assim tantos direitos? Não temos, inventámo-los para nos sentirmos bem… sem pensar verdadeiramente no Bem.
Mas, tal como uma árvore fustigada pelos maiores temporais pode abanar e ainda assim ficar de pé, também a Esperança estará sempre presente. Talvez um dia consigamos ser mesmo… Gente. Eu ainda estou a aprender a ser... Gente.
Sem comentários:
Enviar um comentário