Vesti a luz do teu nome
E chamei-te pela noite,
Entraste no meu sono
Como o luar entra na fonte.
Trazes histórias e proezas,
Dizes que tens tanto pr'a me dar,
Deixas sombras, incertezas,
E partes sem nunca me levar.
E de repente
Um mar sozinho,
Ninguém na margem
Ninguém no caminho,
Tão frio.
E o teu beijo
Mata-me a distância,
Ninguém tão perto
Pode o que o beijo alcança,
E o meu corpo chora
Quando o teu vai embora,
Porque o teu mundo
É tão longe,
Tão longe,
Pode o céu ser tão longe.
Tão longe,
Tão longe,
Se a tua voz vive em mim.
Há um deserto que fica,
Sou um capitão sem barco,
E quando vens pela bruma
Acendem-se estrelas no quarto.
E dizes:
"Trago a luz das sereias,
Trago o canto da tempestade".
E como o vento na areia
Deitas-te em mim feita metade.
Pedro Abrunhosa - Pode o céu ser tão longe
2 comentários:
Uma canção... uma letra mesmo ao teu jeito! Acho mesmo que o Abrunhosa a fez pensando em ti!...
(*)
Mano, só em parte. Esta é a história de tantas pessoas...
Mas que tem tudo a ver comigo, lá isso tem.
(*)
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