Paro por instantes na imensa avenida. Estou habituada ao sossego do deserto, mas não me incomoda o barulho do tráfego constante. Piso este chão que conheço de olhos fechados e as memórias perfumam o ar. É um sorriso de felicidade que me desperta o rosto, um amor maior do que o mundo, iluminando os mundos do meu coração. Abraço a minha terra num silêncio de saudade, pedindo-lhe que nunca me esqueça, que guarde os meus desejos no Tejo e os leve numa caravela ao mundo dos sonhos, cantando pelos mares o nome deste pedacinho tão azul e que é tão meu, o nome da minha Lisboa… onde Deus chegou um dia e de onde nunca mais partiu.
Há 11 anos