sábado, 5 de março de 2011

O Carnaval das Gildas





















As Gildas enfeitam-se para o Carnaval e reúnem-se com os príncipes mouros na noite. A chuva deixou o ar nocturno mais puro e reina a boa-disposição. A estrada de mil cores leva-as ao caminho das luzes e da música. Estoira o champanhe e canta-se à luz das velas de um bolo com sabor a deuses. Os músicos colaboram na festa com os clássicos parabéns e as palmas inundam a sala. A Gilda homenageada sorri deliciada entre os muitos amigos e amigas que a abraçaram nesta madrugada dançante, rindo do vinho tinto que caiu na mesa, sinónimo de alegria!

Depois todos vão para a pista comemorar este afecto sorridente que os une, juntando-se aos desconhecidos cúmplices do momento. Não há direito à tristeza, as preocupações diárias ficaram guardadas a sete chaves porque a Vida precisa de ânimo para continuar a transformar a fraqueza em força. Mas a força do Bem-querer é mais forte do que tudo, é a partilha de um dos sentimentos mais puros que possuímos, a Amizade, tornando a nossa existência mais bela e mais apetecível.



E como não podia deixar de ser, as Gildas brincalhonas transformam pequenas e inocentes coisas em risotas:

- Estou a fumar um cigarro negro.

- Deixa ver. Olha, o meu é branco e é maior!

- Maior?! Então os negros não são maiores? Deixa cá ver. Pois é, este é bem mais comprido. Quem diria…


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É neste maravilhoso Portugal, no reino do Al-Gharb de floridas amendoeiras em rosa e branco, junto de quem me quer, que adormeço feliz como a Princesa Gilda, sabendo que as janelinhas de todas as vontades estão abertas a todos os azuis.