segunda-feira, 15 de agosto de 2011
















Quero escrever mais páginas deste livro da minha vida, para não esquecer como é bom ainda estar no mundo.

Não quero muitas linhas cinzentas e tristes, melancólicas e solitárias, quero linhas que me mostrem coragem e o melhor caminho. 

Quero que a fé nunca me abandone nas tormentas e escorrace o Adamastor, que os negrumes não fiquem parados muito tempo à minha porta e não me levem a alma.

Quero viver até aos cem anos, partilhar a alegria de viver, quero cores e flores, muitos sabores, sorrisos e beijos enfeitados de açúcar.
























Quero passear ainda muitas vezes pela minha Lisboa tão amada e guardar o meu Tejo no olhar.

Quero páginas ondulantes como as ondas do mar, perfumadas pelos ventos do sul, sentir a areia das praias do meu doce Al-Gharb e o mar quente a envolver-me.

Quero ser feliz num castelo que construí com as pedras do caminho, tal como Pessoa, sentir sempre como Camões que o amor é fogo que arde sem se ver e continuar a ser como a Florbela… amaramar perdidamente…