When we were children, we used to think that when we were grown-up we would no longer be vulnerable. But to grow up is to accept vulnerability...
To be alive is to be vulnerable.
Madeleine L'Engle
Estávamos em 1964. Eu tinha 8 anos e adorava ver o Festival da Eurovisão. Não sabia italiano e a letra era uma incógnita, mas assim que a Gigliola Cinquetti começou a cantar eu disse logo que ela ia ganhar. E ganhou.
O que eu não sabia é que esta canção tinha uma frase premonitória do meu futuro. Nove anos depois, já eu percebia bem o italiano, esta canção veio-me à memória, lendo uma longa carta. E as palavras “Non ho l’età per uscire sola con te” soaram como sendo as únicas adequadas.
Nunca saberei como teria sido a minha vida se tivesse feito uma escolha diferente. É que, ao contrário das cartas de papel que podemos abrir em qualquer altura, a vida é uma carta fechada, nunca sabemos o que nos reserva…