“Meu Deus, como é bom morar num modesto primeiro andar, a contar vindo do céu”…
Viver no primeiro andar tem as suas vantagens. E desvantagens também.
Está a totó rupestre a fazer as coisinhas de que mais gosta na calada da noite e ouve todo o tipo de sons que vêm da rua. Eles chegam, arrumam os carros e põem-se a conversar e a rir aos altos berros. São 5 da matina, mas para eles é como se fosse 9 da noite! Entre as gargalhadas e os alhos e bugalhos vão dando arrotos e soltando gases. Parece que fazem um concurso de quem consegue fazer mais barulho. São a fina flor da ralé.
Ao fim de meia hora de conversa de australopitecos e para australopitecos, a totó rupestre começa a magicar um plano de dissuasão. Pode entrar pela via diplomática e ir à varanda pedir que vão todos para a pata que os pôs ou descer e começar a distribuir chutos e pontapés ou, simplesmente, atirar-lhes um balde de água na tola. Também se lembra do clássico super foleiro “Vou chamar a polícia!” mas sabe que os agentes vão mas é aconselhar a pôr uns tampões nos ouvidos. Se não há pancada, nada feito, a totó que vá mas é para a cama que são mais que horas.
Enquanto pensa em todas as opções, os concorrentes do “Quem arrota e se peida mais” dispersam e acabam por ir mesmo para a pata que os pôs. Problema resolvido.
1 comentário:
Ó Kakauzinha, esta já me faz lembrar aquele papel que o vizinho afixou na entrada do prédio...
http://pecadoraoriginal.blogspot.com/2010/07/papel-afixado-num-predio.html
:)))**
Enviar um comentário