sábado, 11 de setembro de 2010

Salty, o cão-guia



Salty, o cão-guia, estava no 71.º andar com o dono. Este não estava a compreender o que se passava. O computador caíra ao chão, as paredes do escritório abanavam violentamente. Decidiu permanecer no recinto e esperar. Mas Salty andava às voltas nervosamente, avisando-o que era hora de descer.

As escadas já estavam repletas de pessoas que desciam apavoradas. Ninguém sabia a dimensão da catástrofe que estava a acontecer. A dada altura, o dono do cão-guia decidiu libertá-lo para que este pudesse escapar. E Salty avançou. Mas, de repente, voltou atrás, subiu e juntou-se ao dono, numa demonstração de amor e abnegação tão própria dos animais. Estavam juntos, na vida e na morte. Ou se salvavam ou morreriam os dois.

E foi assim que este maravilhoso labrador, Salty, o cão-guia, conseguiu salvar o dono para que este pudesse um dia contar a história, ambos sobreviventes do World Trade Center.

O mundo mudou desde então. Nada voltou a ser o mesmo porque o fanatismo persegue-nos mascarado de religião, de objectivos obscuros e de interesses sórdidos.

Para o terrorismo não há justificação, não há diálogo.

E muito menos perdão.








1 comentário:

inês disse...

(: um beijinho para ti