sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Hoje é hoje... amanhã logo se vê




O dia nasceu e entrou pela janela,
Trazendo o Sol que me bateu no rosto.

Acordei e olhei pela fresta,
Vi um céu muito azul e muita luz,
Sorri.

O telefone tocou e ouvi a voz da loura,
Da que está no outro lado do mundo.

Tenho as minhas três meninas, os meus tesouros,
Razão mais que suficiente para ficar alegre,
Elas são a minha carne, o meu sangue, são minhas,
Elas fazem de mim a Mãe a Avó que sou e quero ser,
São reais, verdadeiras e alcançáveis,
Como a família, os amigos, o trabalho,
O que está à margem é apenas isso, a margem,
Faça-me feliz ou infeliz, mas é passageiro.


Hoje levantei-me da cama, decidi algo e fi-lo.
Resultados? Sei lá! Só sei que nada sei, mas quero saber,
Quero muito e não me importa o tempo que levar,
Nem que tenha de pôr de parte tanta tolice… que não é minha.


Se conseguir… ah se conseguir…
Sei o que me espera, como se tivesse uma bola de cristal,
Como se fosse uma bruxa que tudo sabe e tudo vê,
Mas não importa, quero aquele momento, um só momento,
Ainda que seja um cometa e desapareça logo depois,
Sem que eu tenha tempo de me dar conta.

Se puder ser feliz só por um bocadinho, ínfimo mas azul,
Vou guardar esse clarão numa caixinha
bem dentro do meu coração,
Para poder recordar todos os dias que viver,
Para me dar razão mais uma e outra vez,
Por saber que a felicidade são breves instantes,
Instantes que nos fazem fechar os olhos de satisfação.


Quero esse instante… por um instante… apenas por um instante…






Porque hoje é hoje e… amanhã logo se vê.



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