quinta-feira, 28 de junho de 2007

Enigmas

Fico a olhar para ele, aqui na mesa, silencioso
Apetece-me ligar-te, mandar-te uma mensagem
Mas é impossível, fico quieta, a pensar,
Penso em ti e não chego a nenhuma conclusão
A não ser a evidente...

Lembro-me daquela noite fria, algures no deserto
Das poucas horas de conversa em que houve muita conversa
Em que me puseste furiosa com os teus enigmas
Mas a noite anterior foi a decisiva
Porque embora longe... a música, as mensagens, a “discussão”
Revelaram a evidência… quase ao raiar do Sol
Já houve tantos encontros e desencontros
Tantos sins, tantos nãos, tantos regressos, tantas partidas
É complicado demais para algo tão simples
Ou será que tornámos tudo em simplesmente complicado?
Terei sido eu? Terás sido tu?
Não sei, quero que voltes e ao mesmo tempo não quero
Desisti sem querer desistir porque falta uma peça do puzzle
A mais importante de todas, a que tu escondes
Mas também se a confirmasses o puzzle ficaria completo
E eu já não sei se quero descobrir, se é o que penso ou não
Não quero saber se tenho razão... de que serviria? Ou seria bom?

Vou fugir, embrenhar-me no deserto e ficar por lá
Vou dar voltas e voltas até passar o tempo
Vou fechar os olhos para não te ver
Tapar os ouvidos para não ouvir o som da tua voz
Aqui a martelar na minha cabeça, horas a fio
Vou ignorar a maquineta silenciosa
Fingir que não te quero ler nem ouvir
Vou esquecer as saudades
E vou fechar-me na minha concha
Depois recomeço tudo como sempre
Ao fim e ao cabo…


In the depth of winter I finally learned that within me there lay an invincible summer

1 comentário:

Inês disse...

Holla!

Que emoções que por aqui saltaram!!

Kisses fofos
Triguinha