Eu fui devagarinho, com medo de falhar,
Não fosse esse o caminho certo para te encontrar,
Fui descobrindo devagar cada sorriso teu,
Fui aprendendo a procurar por entre sonhos meus.
Eu fui assim chegando, sem entender porquê,
Já foram tantas vezes, tantas assim como esta vez,
Mas é mais fundo o teu olhar, mais do que eu sei dizer,
É um abrigo pra voltar, ou um mar pra me perder.
Lá fora, o vento, nem sempre sabe a liberdade,
A gente finge mas sabe o que não é verdade,
Foge ao vazio, enquanto brinda, dança e salta,
Eu trago-te comigo e sinto tanto, tanto, a tua falta!
Eu fui entrando pouco a pouco, abri a porta e vi,
Que havia lume aceso e um lugar pra mim,
Quase me assusta descobrir que foi esse sabor,
Que a vida inteira procurei entre a paixão e a dor.
Lá fora, o vento, nem sempre sabe a liberdade,
Gente perdida balança entre o sonho e a verdade,
Foge ao vazio, enquanto brinda, dança e salta,
Eu trago-te comigo e sinto tanto, tanto, a tua falta!
Lá fora, o vento, nem sempre sabe a liberdade,
Gente perdida balança entre o sonho e a verdade,
Foge ao vazio, enquanto bebe, dança e ri,
Eu trago-te comigo, e guardo este abraço... só pra Ti.
Gente perdida, Mafalda Veiga