domingo, 4 de janeiro de 2009

"Super Balls"




Estava eu a ver TV numa tarde de domingo, naquele horário em que não se pode inventar nada para fazer pois no outro dia é segunda-feira, quando a minha esposa se deitou ao meu lado e começou a brincar com minhas “partes”. Após alguns minutos ela teve a seguinte ideia:

- Por que é que não me deixas depilar os teus tintins? Assim eu poderia fazer “outras coisas” com eles.

Aquela frase foi igual a um sino na minha cabeça. Por alguns segundos imaginei o que seriam “outras coisas”. Respondi que não, que doeria coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação e eu, a imaginar as “outras coisas”, não tive argumentos para negar e concordei.

Pediu-me que me pusesse nu enquanto ia buscar os equipamentos necessários para tal feito. Fiquei a ver TV, porém a minha imaginação vagueava pelas novas sensações que sentiria e só despertei quando ouvi o toque do microondas.

Voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns pedaços de plástico. Estranhei aqueles equipamentos, mas ela estava com um ar de “dona da situação” que deixaria qualquer médico urologista sentir-se um principiante.

Fiquei tranquilo e autorizei o restante processo. Pediu-me para que ficasse numa posição de quase-frango-assado e libertasse o acesso à zona do tomatal. Pegou nos meus berlindes como quem pega em duas bolinhas de porcelana e começou a espalhar a cera morna. Achei aquela sensação maravilhosa! O Sr. Tolas já estava todo pimpão, que é como quem diz: “Sou o próximo da fila”.

De início, imaginei quais seriam as “outras coisas” que aí viriam. Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou-os no plástico com tanto cuidado que eu achei que ia levá-los de viagem. Tentei imaginar onde é que teria aprendido essa técnica de prazer: Na Tailândia, na China ou pela Internet?

Porém, alguns segundos depois ela esticou o “saquinho” para um lado e deu um puxão repentino. Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro “ A PUUUTA QUEEE TE PARIUUU!”, quase gritado letra por letra. Olhei para o plástico para ver se a pele dos meus tintins não tinha vindo agarrada. Ela disse-me que ainda restavam alguns pelinhos e que precisava repetir o processo. Respondi prontamente:

- Se depender de mim, eles vão ficar aí para a eternidade!!!

Segurei o Sr. Esquerdo e o Sr. Direito com as mãos, como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazónica em extinção, e fui para a banheira. Sentia o coração bater nas pendurezas.

Abri o chuveiro e foi a primeira vez na minha vida que molhei a salada antes de molhar a cabeça. Passei alguns minutos deixando a água gelada escorrer pelo meu corpo. Saí do banho, mas nestes momentos de dor qualquer homem se torna num bebezinho: faz merda atrás de merda! Peguei no meu gel de barba com camomila “que acalma a pele”, besuntei as mãos e passei nos “tomates”. Foi como se tivesse passado molho de piripiri. Sentei-me no bidé na posição de “lavagem checa” e deixei a água acalmar os ditos cujos. Peguei na toalha de rosto e abanei-os como quem abana um pugilista após o 10° round. Olhei para meu “júnior”, coitado, tão animado há uns minutos atrás, e agora estava tão pequeno que mais parecia o irmão gémeo de meu umbigo.

Nesse momento a minha esposa bateu à porta da casa de banho e perguntou-me se eu estava bem. Aquela voz antes tão aveludada e sedutora soou-me tal e qual a uma gralha. Saí da casa de banho e voltei para o quarto. Ela argumentava que os pelinhos tinham saído pelas raízes, que demorariam a voltar a crescer. Respondi-lhe que pela espessura da pele dos meus tintins não iria nascer ali nem sequer uma penugem. Pediu-me para ver como estavam. Avisei-a para olhar com meio metro de distância e sem tocar em nada, acrescentando que se lhe desse para rir ainda era capaz de lhe tirar o pó ao pêlo! Vesti a t-shirt e fui dormir sem cuecas. Naquele momento, sexo para mim nem para perpetuar a espécie humana!

No outro dia de manhã, arranjei-me para ir trabalhar. Os “ovos” estavam mais calmos, porém mais vermelhos que tomates maduros. Foi estranho sentir o vento bater em lugares nunca dantes soprados.
Tentei vestir as boxers, mas nada feito. Procurei algumas mais macias e nada! Vesti as calças mais largas que tinha e fui trabalhar sem nada por baixo.

Entrei na minha secção com uma andar igual ao de um cowboy cagado. Disse bom dia a todos, mas sem os olhar nos olhos, e passei o dia inteiro trabalhando de pé, com receio de encostar os tomates maduros em qualquer superfície.

Resultado, há certas coisas só existem para as mulheres. Não adianta nada tentar misturar o universo masculino com o feminino.

(autor desconhecido)


8 comentários:

- Moisés Correia - disse...

“Reencarnação”

Foi em tempos… há muito tempo
Um tempo longínquo que já não sei…
Recordadas no momento de um pensamento
Pergaminhos da memória que furtei

http://pensamanzas.blogspot.com/

Uma boa semana com um abraço amigo…

Olá!! disse...

Duplo LOL

Já conhecia a terrível história do pobre do homem... arrepiante hihi (tomem machos que é para verem o que nós sofremos, mesmo não tendo bolinhas)

Beijossssssss

LeniB disse...

Adoro uma boa salada de tomate,mas com pele!!
bjs

f@ disse...

lol.... já me ri demais com esta...
Kakau.... espero sempre pelo amaducecer do tomate para fazer o doce... a pele sai melhor... mas para a salada gosto mais de tomate verde....
ai que riso ...
beijinhos das nuvens

Maria Clarinda disse...

Pois boa para ter feito dar gargalhadas, neste dia cinzento e frio. Jinhos

1/4 de Fada disse...

Ainda estou para aqui a rir que nem uma tonta. Tenho que copiar para mandar a todos os homens da minha lista de endereços...
Tadinho.

BlueVelvet disse...

Que bom ver que a boa disposição voltou a este cantinho.
Hehe, tadinho dele...
Beijokas

agriao disse...

Ahaha coitado... Por isso é que a depilação se faz as tirinhas pequenas :D