terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Conversas na noite



Acendo um cigarro e deito para lá do universo as minhas eternas questões. O vinho tem a cor do Natal e sabe a francês. Como não podia deixar de ser. Rubro e chique. Ou apenas vinho, apenas uva à la mode.

Não é hora de fazer uma lista. Lista de quê? Não preciso de nada. Tudo o que é necessário está aqui guardado. Neve também não faz falta, ainda que a canção o diga. Já chove e troveja o suficiente. E o vento não anuncia boa coisa. É o Inverno a entrar sem pedir licença. Cansativo, triste, mas necessário. Podia era ser mais brando, em todos os sentidos. Não tenho culpa de não simpatizar com ele. Diferenças irreconciliáveis. E enquanto uns sonham com desportos na neve eu sonho com a minha ilha de águas quentes. Sem tubarões. Fiquem lá no cantinho deles e eu no meu. Não é pecado sonhar com a perfeição. Não existe, mas faz de conta que sim.

Pedras no caminho? O poeta aconselha a juntá-las e a construir um castelo. Por isso estou no meu e já com o sono a dar um ar da sua graça. Ainda bem que gostaste do quadro. Ainda bem que estive ausente… mas presente. Que bom. Porque sempre que te lembrares dele… é de mim que te lembras. É o presente de Natal da Kakau. From me to you.

 
 

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