quarta-feira, 31 de outubro de 2007
A minha vida
A minha vida é um livro…
Com páginas de muitas cores…
Nele vou escrevendo dia-a-dia…
O que o meu olhar alcança…
O que a minha alma sente…
Tudo o que a vida me dá…
Tudo o que eu ganho à vida…
Navego confiante na espuma das ondas…
Ondulando no matiz dos azuis do mar…
É um navegar para porto seguro…
Uma praia e um beijo à minha espera…
O meu livro tem muitas páginas…
Com muitos sorrisos alegres…
E muitas lágrimas amargas…
Em cada folha um gesto meu…
De força e também de desalento…
Tentando renascer das cinzas…
Buscando mais além a coragem…
Encontrando dentro de mim…
A vontade para viver mais um dia…
E para nunca deixar de sonhar…
A minha vida é um livro...
Ainda por terminar...
Um dia espero fechá-lo...
Sorrindo e dizendo...
Dei o meu melhor.
.*.*.K.*.*.
domingo, 28 de outubro de 2007
Poema 18
Aquí te amo.
Se desciñe la niebla en danzantes figuras.
O la cruz negra de un barco.
Aquí te amo y en vano te oculta el horizonte.
Ya me veo olvidado como estas viejas anclas.
Mi hastío forcejea con los lentos crepúsculos.
Me miran con tus ojos las estrellas más grandes.
Pablo Neruda
sábado, 27 de outubro de 2007
As "maravilhas" do nosso Portugal
2007/10/25 19:26
Logo depois de ter deixado de ser deputado e após 20 anos no Parlamento."
in “Portugal Diário”
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=871031&div_id=291
Ora assim é que é, bravo! Gosto de ver os nossos políticos a receberem a justa reforma depois de uns anitos na AR.
Pensam que é fácil estar ali durante sete ou oito anos, a ganhar muito mais do que a maioria dos simples mortais, a perder tempo em almoçaradas e jantaradas, ir cortar fitas nas inaugurações de cinco metros de estrada? Pois não é, não senhor! É muito duro porque andam horas e horas no asfalto, sentados no banco de trás dos BMW de alta cilindrada, a falar ao telefone e a dar ordens ao motorista.
E quando vão a Bruxelas ou nas comitivas do PM ou do PR, heim? Ora ora, temos de compreender que tantas viagens de avião e tantas mordomias cansam e estafam, do que eles mais precisam é de sopinhas e descanso muuiiito antes dos 65 anos!
Assim vai a “democracia”, para uns é um prato completo, para outros é um lanchezinho. E é muito bem feita, lamento dizer, mas o povo português não merece nada mais porque a única coisa que tem sabido fazer é dizer mal do antigo regime a torto e a direito, que o Salazar, o Tomás e o Caetano é que são sempre os culpados de tudo.
Se não chove… é culpa do Salazar.
Se caiem trombas de água… é culpa do Salazar.
Se há incêndios… é culpa do Salazar.
Se não há dinheiro… é culpa do Salazar.
Se a gasolina, os impostos e o custo de vida do nosso país são os mais elevados da Europa… é culpa do Salazar.
Se fazem xixi nas cuecas… é culpa do Salazar.
Se têm gases… é culpa do Salazar.
Se partem os cornos… é culpa do Salazar.
É tudo culpa do Salazar, porque mesmo morto e enterrado desde 70 o senhor continua a mandar a sete palmos abaixo do chão (ou acima, mas não é factor que interesse). E já me esquecia que o Tomás e o Caetano também são culpados, é tudo um complot que os três armaram só para nos lixar!
O que eu já vi desde a tão fora de série, inesquecível e única “Revolução” dos Cravos só me mete nojo porque desde então tenho assistido às maiores injustiças neste país, às maiores barbaridades cometidas por gentalha que não vale nada e que apenas joga com o futuro de um país.
E continuo a dizer, os portugueses não merecem mais porque não sabem ser justos e objectivos, só falam da PIDE, dos “fascistas” e do Salazar para encobrir todos os crimes cometidos depois disso pelo Otelo, pelo Copcon, pelo Cunhal, pelo Soares e toda a cambada inerente.
Erros do Salazar? Não aceitar o Plano Marshall depois da Segunda Guerra, deixar prolongar a Guerra Colonial por 13 anos, não deixar os portugueses irem livremente para África, não dar Autonomia às colónias, não pensar em mais progresso, em mais actualização. Mas, verdade seja dita, Marcelo Caetano estava a “abrir as portas” quando o recambiaram para o Brasil como se fosse um criminoso. Vicissitudes da “democracia”.
Se não havia direito a voto antes? E agora que há e o maior Partido é a Abstenção? Por acaso alguém se preocupa em ler os programas dos Partidos? Alguém ouve os debates? Ninguém! Tudo a criticar mas ninguém sabe o quê. Os tugas não podem cansar os neurónios porque o Fado já é algo que nos persegue, não se vive… vai-se andando.
Erro grande do Salazar, deixar os cofres do Banco de Portugal cheios de ouro para serem delapidados pelos espertalhões de Abril sabe-se lá em quê porque contas foi coisa que nunca vimos. Isso sim, isso foi culpa dele!
Então e depois? E depois da grande “libertação”? (ou será libertinagem?)
E a venda das colónias pelo Soares? E a destruição do Alentejo com “Reforma” Agrária do Cunhal, do Vasco Gonçalves e dos seus capangas? E os ataques bombistas das FUP’s 25 de Abril com o Otelo à cabeça? E quem matou o Amaro da Costa e o Sá Carneiro e nunca se soube? Foi o Salazar? Deve ter sido, desde a tumba.
País de tretas, de mentiras sucessivas, de miséria galopante. Voltou a tuberculose que estava erradicada no início dos anos 70 e a pobreza existente aumentou para números a perder de vista. Hoje temos Segurança Social? Engraçado, daqui a uns anos fala-se que não vai haver dinheiro para as reformas! E de quem é a culpa? Do Salazar, ora pois então! Tudo ele! Olha que é obra!
E a Ponte sobre o Tejo que, de repente, passou a ser 25 de Abril? Eh pá, não há nada como uma “revolução” para construir uma ponte instantânea tipo sopa Knorr, alguma vez o Salazar seria capaz disso? Nunca!
Olha, Salazar, tu perdoa-lhes que eles não sabem o que dizem e muito menos o que fazem. Podes voltar e meter esta cambada toda na ordem? Parece que alguém se esqueceu de avisar a malta que anda a ser comida e bem comida. E podes rir-te à vontade porque é mesmo a melhor coisa que podes fazer, afinal transformámo-nos num país de marretas e num circo nunca visto. E vê lá tu que hoje em dia há quem tire uma licenciatura de um dia para o outro! Isto é feito que nunca conseguirias, ora confessa lá! Isto só mesmo com as armas de grandes aldrabões assinalados que um dia tomaram de assalto a ocidental praia lusitana. E deixa-te estar sentado porque ainda vais ver muito mais, mas muito mais! E infelizmente eu também.
Tanta “liberdade”, tanta “democracia”…
Tantos “capitães”…
Tanto “Abril” em Portugal…
Tanta musiquinha de intervenção que devia era ter avisado a malta que… o pior estava para vir…
Tantos cantores a cantar como rouxinóis e a viver à grande e à francesa… (será que alguma vez deram uma esmola? Ou estavam mais preocupados com as compras na Loja das Meias, no Pestana & Brito, os lanches no Vavá, os copos no Snob e as noitadas no Ad-Lib, no Van-Gogh e nos Stones?)
Vá, venham mais cinco revoluções porque o que é preciso é avisar a malta! E tudo com um brilhozinho nos olhos porque hoje fiz um amigo e coisa mais linda não há.
Amizade, solidariedade… viu-se… sentiu-se… sobretudo nas primeiras eleições em que o Partido Comunista levava magotes de tontos para Lisboa para apedrejar os apoiantes das campanhas dos partidos de Direita…
Democracia… com o Soares de punho fechado no Estádio 1.º de Maio… a luta continua… a dele então foi exemplar com a “Descolonização Histórica”, “perfeita”, como só gente “honesta e inteligente” saberia fazer…
Liberdade… com o Otelo a querer enfiar todos os “fascistas” no Campo Pequeno e abatê-los… coitado…. miserável… pulha…
Tantos poetas a escrevinhar lirismos inflamados contra o “regime” e a viver luxuosamente… bebendo whisky escocês, champanhe francês e a encomendar jantarinhos no Tavares Rico… (será que alguma vez deram um prato de sopa a um pobre?)
Tantos esquerdistas mais ditadores do que os “ditadores”… (será que havia democracia na Rússia, na Alemanha de Leste, na China, no Vietname e afins? Ah, devia haver sim, na Rússia até tinham uma colónia de férias, um SPA, para os que não concordavam com as “maravilhas” do comunismo… a Sibéria!)
Se os países comunistas eram tão livres porque é que o Cunhal nunca mandou a filha dele para lá? Ou a Holanda também era comunista? E porque se vestia ele no Pierre Cardin? Ou o Cardin era russo? Ah, é verdade, já sei, é que a Haute Couture é Arte… e os comunas adoram a arte de vestir, comer e beber à conta lixando os outros…
Tantos Blocos de Esquerda a jantarem no XL em Lisboa, muito fashion… (gente poupada, preocupada com a fome)
Tanta falsidade…
Tanto luxo…
Tanto abuso…
Tanta miséria humana…
Tanta mentira…
Tanta perda de valores…
Tanta podridão…
Tantos cravos murchos…
Tanta MERDA!
Ai Portugal, Portugal, onde vais tu?
Rio abaixo, rumo à foz do Nada,
Despojado das tuas vestes, de tronco nu,
Roubado e pilhado por esta cambada!
sábado, 20 de outubro de 2007
Futilidades
E como a vida não é só trabalho e preocupações, resolvi pensar nalgumas futilidades que me interessam.
Pois é, já tenho toilette para a passagem de ano, duas até, e dois pares de sapatos a condizer, como é óbvio! Gosto de pensar nestas coisas com muito tempo de antecedência e ter tudo alinhavado. Depois nas vésperas ponho-me frente ao espelho e escolho. Não é que a mudança de ano me diga alguma coisa e também não me ponho em cima de nenhuma cadeira com uma nota na mão e a outra cheia de passas, tenho mais que fazer! Não preciso de ser rica, só preciso de ter as contas em dia, comer doze passas umas atrás das outras faz azia e não é noite para maleitas, é noite só para pensar que o Mundo é belo, que os homens são uma maravilha e que nunca mentem (depois temos tempo no dia 1 para dizer do primeiro… oh, que pena, foi um sonho! Do segundo só me ocorre mesmo… ahahah!).
O relógio não passa de uma convenção e como tal nada me diz, apenas tenho de o seguir porque a isso sou obrigada. Por acaso a nossa vida muda do dia 31 de Dezembro para 1 de Janeiro? Claro que não, vira o disco e toca o mesmo. A mim o révéillon só me interessa porque me meto na alheta e vou dançar. Beber é que não, basta um champanhe e pronto, o resto da noite é água tónica, natural ou uma cola.
Também me dei conta de muito mais coisas, mas sobretudo tive a certeza das raízes que construí e que o caminho que tracei para mim…
... está finalmente a caminho.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Manias
Mi, cá vão as minhas e um beijo gande pa Tu******.
Mas só 7 manias? Sei lá! É complicado porque tenho a mania… das manias!
Os meus cabelos! Mania da grossa, tenho de os ter sempre lavados, escovados, macios e loiros!
Segunda
Os meus dentes! Também nunca me deito sem os escovar, nem que esteja a cair de sono.
Terceira
Duche! Não falha, impossível viver sem água e sabonete. Farto-me de cantar, é o Festival da Duchovisão!
Por vezes também tomo um banho de imersão cheio de espuma, tão bom! Ponho uma música suave e fico ali de “molho”, com um sorriso, a gozar aqueles momentos de descanso.
Quarta
Sapatos! Mas eu posso lá viver sem sapatos?! Tenho de ter pilhas, montes, resmas, paletes, Himalaias deles!
Quinta
Música! É impossível, impensável viver sem música!
Tenho de estar sempre a ouvi-la e sou muito ecléctica, vou dos Deep Purple à Kiri Te Kanawa, oiço de tudo… até o Quim!
Não me convidem é para aquelas gritarias histéricas e roupas de larilas como os Marilyn Manson, é que nem pó! Esses mandava-os eu prá tropa que lhes faz muita falta. O mal deles é terem quem lhes satisfaça as… manias!
Sexta
Eh pá, adoro a sexta-feira! E já agora o sábado também, são mesmo os dias da semana que têm tudo a ver comigo.
Sétima
Os meus animais! Amo, adoro-os! Têm dois nomes mas têm sempre variantes noutras línguas e o mais engraçado é que eles dão por todos.
Também nunca me canso de os mimar, dormem na minha cama e aquilo parece uma comunidade hippie, tudo à molhada!
Oitava
Só para fugir aos sete pecados aqui vai mais uma…
Água… do Luso… das Pedras… deliciosa! A Del Cano é outra conversa, yakhhhh!
E café! De preferência muito! Adoro café, frio, quente, café e mais café.
Mania de Gostar!
Gosto de Gostar, sou uma lamechas, gosto, gosto e gosto! Viver sem Gostar não é viver e eu gosto do Mundo.
Então? Já começaram a fazer as contas às vossas manias?
Contem-nos tudo!
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Os/as Anónimos/as
A mim irritam-me solenemente os/as anónimos/as que andam pela Net a incomodar os outros e destilando veneno. Em vez de se sentarem frente a um PC e despejarem as frustrações em cima dos outros deveriam era sentar-se na cadeira do psiquiatra e procurar ajuda. Se acharem que não resulta também têm outros bons remédios, e passo a citar:
1. Dar com a cabeça nas paredes várias vezes ao dia;
2. Atirar-se de uma ponte, de uma falésia, de um avião (sem pára-quedas porque o choque com o solo ajuda a chocalhar as peças);
3. Meter a cabeça na sanita durante uma hora;
4. Tomar uma dose cavalar de Xanax;
5. Vários cocktails de lixívia pura;
6. Uma estadia de 6 meses, ou mais, no Júlio de Matos;
7. Ouvir as músicas do Zé Cabra, do Quim, da Ana Malhoa e da Ruth Marlene;
8. Tomar um clister de ácido sulfúrico;
9. Passar uma noite com o Alexandre Frota (que dá prós dois lados);
Sei lá, há várias mezinhas para esta doença, pode ser que se faça alguma luz! Se não fizer sempre têm a EDP, porra!
Mais, quem não tem blog DEVE sempre assinar. Mas também NÃO SE DEVE assinar com nome falso, tipo Xoné da Mula ou Xoninhas dos Pirolitos, porque quem o fizer merece todos os adjectivos. Das duas uma, ou se assumem as ironias, bacoradas ou imbecilidades, chamem-lhe o que quiserem, ou então é melhor fechar a matraca.
Eu vou adiantando as mezinhas e deixo uma musiquinha do Quim para acalmar os “nervios” de algum fantasma que passe por aqui.
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Muito sinceramente
Sim, muito sinceramente, fico de boca aberta de espanto quando estou a fazer zapping e caio na sopa das Tardes da Júlia, na Casa do Amor, nos jogos da Sic, enfim, um “mundo” que eu ando a ver se entendo.
Mas vou começar pela Casa do Amor. Eu nem sei qual é o objectivo, pelo pouco que vi penso que o prémio serve para os futuros cônjuges fazerem um grande casamento. À partida já é um “grande casamento”, basta ver os noivos, oh oh! Aquilo é que é “gente” à maneira!
Não sei onde vão buscar estas almas, deve ser nalguma Feira de Aberrações porque quando as oiço até me doem os ossos. Bastam duas ou três frases para fugir dali a sete pés e ficar a pensar “mas o que é isto?!?!” E leio os cabeçalhos nas revistas, quando estou na bicha da BP para pagar a gasosa, de uma futura sogra a dizer que a futura nora é uma grande galdéria. Se isto é antes do casamento imagine-se depois, se é que o enlace ainda tem hipótese. Cá para mim acaba tudo à batatada, qual novela Tide!
E a voz da Julinha? Ai ai, maviosa, suave, um mimo. Eu não quero ser má como as cobras e não digo que ela não tenha o seu valor mas também não tenho culpa se embirro solenemente com a senhora, factor já vem de longe. Eu sei, eu sei, estou a ser uma grande víbora, mas não resisto. Mea culpa!
E os jogos da madrugada com aquelas duas espertas, a Liliana qualquer coisa e a outra que nem sei o nome! Mas isso agora também não interessa nada… se é que alguma vez interessou! Olha que é obra estar em directo àquelas horas de pecado! Há uns tempos atrás, numa das noites em que tinha mais que fazer do que dormir e a sala Bla estava uma verdadeira desgraça, sentei-me no sofá a ver a menina, a Lili. Ainda pensei telefonar porque se podem ganhar uns aérios de mão beijada mas não tive mesmo pachorra. Mas ando a pensar muito seriamente nisso, deixa cá ver se me acontece mais algum momento de pura insanidade mental virado para a caixinha magnética.
Não sei não sei, mas hoje em dia entrar para a TV basta ser totó e pronto, entra-se com direito a festa e passadeira vermelha, veja-se aquela “coisa” que dá pelo nome de Fernando Rocha! Ai, preciso de Água das Pedras, com urgência!
Com isto não quero dizer que eu seria especial de corridas mas… pior não seria de certeza, ahahah!
E por último, confesso, sim, sem culpa, vi o primeiro Big Brother do princípio ao fim e não me arrependo, porque aquela conversa no confessionário do Marco acerca do Zé Maria valeu o programa e fez-me rir até às lágrimas. A mim aquele xóninhas de Barrancos nunca me enganou, ganda mosca morta com esperteza saloia! Também não concordo com o quase murro no lombo da Sónia, claro, mas que ela merecia… ai lá isso merecia! Já eu andava a dizer há séculos… tarda nada e ainda apanhas! Devia era ter dito ao Marco que numa mulher não se bate nem com uma flor… só de tranca!
E a célebre frase da “Telma” e do “Célio”? “Gostaastee? Gosteiiee!”
Bem, difícil de explicar. “Melhor”… é impossível!
domingo, 14 de outubro de 2007
Comboio de estrelas
Percorremos o firmamento e vi milhões de pontinhos luminosos. Perguntei “Tem princípio, meio e fim?”. Respondeu-me “Sim, tem, mas só agora vos é dado a conhecer”. E não falámos mais durante a viagem. Ignorava o tempo que tinha decorrido, as horas, os minutos, os segundos, só me sentia segura com aquela mão de luz que segurava a minha.
Passámos uma nuvem e vi montes e vales verdejantes, rios verde-esmeralda, praias douradas e mares azuis turquesa de uma limpidez cristalina. Muitas pessoas como eu percorriam-nos sorridentes e tranquilos e eu olhava-os extasiada e presa de emoções nunca sentidas.
Parámos e descemos do comboio de estrelas. A figura olhou para mim e disse-me “Vais ver duas pessoas que não vês há muito tempo, elas guiar-te-ão”. Abraçou-me, sorriu-me, e afastou-se suavemente.
Durante breves instantes fiquei parada naquele vale cheio de flores, lagos e árvores e, de repente, ao longe vi dois vultos que se aproximavam lentamente. Quando finalmente chegaram perto de mim fundimo-nos os três num abraço, em silêncio, e assim estivemos longos momentos, sentindo as nossas almas em uníssono.
Sentámo-nos à sombra de uma árvore e disseram-me “Aqui poderás meditar acerca de tudo o que viste, fizeste e viveste “lá em baixo”, poderás descansar e escolher o teu novo caminho”. Ficámos os três de mãos dadas, apenas sorrindo, vivendo aquele reencontro tão desejado. Por fim, levaram-me de novo para junto da figura de luz dizendo-me “Viremos buscar-te mais tarde”.
A figura de luz sorriu e disse-me suavemente “Quando se esgotar o tempo estarás preparada para seguir mais um rumo, mais um caminho, virás então ter comigo”.
Vi-o desaparecer suavemente e senti que me davam as mãos. Sorri, senti-me segura de novo. Perguntei “ Aquela figura é quem eu penso?”. “Sim… é… acabaste de estar com Deus”.
Si fueras tú
Si fueras tú terciopelo…
Contigo me vestiría…
Si fueras tú un perfume…
De tu aroma me bañaría…
Si fueras tú el mar…
En tus olas nadaría…
Si fueras tú el aire…
En ti siempre volaría…
Si fueras tú un árbol…
En tu sombra dormiría…
Si fueras tú madera…
Ya mi casa tu serías…
Si fueras tú una flor…
En mi pelo te colgaría…
Si fueras tú la sonrisa…
A por ella me iría…
Si fueras tú la sangre…
Mi corazón ya serías…
Si fueras tú Mañana…
De ti mi vida haría…
Si fueras tú el Amor…
A ti siempre Amaría…
sábado, 13 de outubro de 2007
13 de Outubro
A Fé de Lúcia, Jacinta e Francisco…
Uma lição de Humildade e Esperança…
De MARIA nos trouxeram a Luz.
Sigo a Luz de MARIA…
Pedindo que me ajude a aceitar…
As lágrimas…
As tristezas…
As desventuras…
Sem revolta…
Sem mágoas…
Sem ódios…
Porque aqui estamos…
E aqui expiamos as nossas faltas.
Balada de un ángel
Me pierdo en las notas musicales...
Te añoro, despierta por la madrugada...
Me haces sentir con esta sangre...
De las tierras de allá… del abuelo...
Aún me hueles a mar y a olas...
Entrañado en mis venas y mi piel...
Por mí suavemente vas...
Como la calma de la tarde...
Con la música contigo bailo...
Hasta que se acabe el tiempo...
Con tu voz clavada en mi ser...
Como balada tocada por ángeles...
Así de blanda y tranquila como tu...
Ya viene rompiendo el Sol...
Como suele, fuerte, radioso y cálido...
Como eres tú cuando lo quieres...
Cuando me hablas como algodón...
Y me miras como si fuera yo un cielo...
Aquí me quedo contigo soñando...
Esperando que no pase mucho...
Hasta volver a tenerte junto a mí...
Y mis manos entrelazar con las tuyas.
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Horizonte
Queria deitar-me numa nuvem branca...
A pairar em mares de azul-turquesa...
Sob um pôr-do-sol de tons de rosa...
Sentindo uma morna brisa no corpo...
E um perfume a conchas e a búzios...
Ali por tempos eternos ficaria...
Coberta de estrelas e verdes algas...
Ouvindo apenas o marejar das ondas...
Adormecendo a alma dos medos...
Até poder mergulhar nas águas mornas...
Nadar para a areia dourada e fina...
E nela poder caminhar confiante...
Rumo ao horizonte outrora perdido...
E finalmente reencontrado.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Sempre portugueses
Nós portugueses podemos ir para o estrangeiro mas nunca perdemos este Fado, esta Saudade tão Lusa.
As minhas saudades são de mãe, coração apertado por tantos aviões, tanto tempo ainda para o regresso.
Só peço a Deus que me permita esta benesse, voltar a ter as minhas duas filhas comigo. Sei que é pedir muito, sei que não passo de uma simples mortal, mas peço na mesma.
"Olá famelgas!
Estamos no aeroporto de Auckland e daqui a umas horas vamos apanhar o nosso voo, destino a Hong Kong. A despedida com os nossos amigos foi muito emocionante e vamos embora com a certeza que fizemos amizade com eles para o resto da nossa vida... A Briar até chorou e tudo! :(:(:(
O número do nosso voo e CX108 com a Cathay Pacific. Depois apanhamos outro voo para as Filipinas com a Cebupacific Airways. Vamos tentar dar notícias quando chegarmos às Filipinas e para vos dar o contacto do alojamento.
Espero que estejam todos bem e podem começar a organizar as festas de regresso! ahahah! QUEREMOS POLVO, BACALHAU E SARDINHAS!!!! :):):):) mas só daqui a 3 semanas!
Beijinhos para todos! E muitas saudades!!!!!!!!!!
Cat e Zezinho"
Pecado
Achei-te bela, bronzeada, maravilhosa…
E estranhos sentimentos me invadiram…
Tão contraditórios e tão difíceis!
Queria resistir-te e muito cogitei…
A vontade era enorme, dilacerante…
Sabia que era pecado, tu também feminina…
Fugi de ti… mas depressa voltei…
Inebriada pelo aroma que emanavas,
Pelas tuas formas sedutoras…
Como eras bela, como eras perfeita!
E o desejo de te possuir enlouqueceu-me…
Cheguei-me a ti, suave e silenciosamente…
Trémula de desejo, estendendo a mão…
Toquei-te e uma imensa alegria senti…
Depressa te devorei com os sentidos…
Para depois te sentir o gosto divinal…
Ah! Que momentos, que paixão!
Que delírio culpado mas celeste!
A ti voltarei sem mais pensar…
Para de ti mais uma vez me saciar...
…
Foi para isso que inventaram as…
Bolas de Berlim...
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Fallen
Even if they don’t last for ever…
I had mine…
.*.*.K.*.*.
“If I forget to tell You later,
in Pretty Woman
Fallen, Lauren Wood
I can't believe it, you're a dream coming true
I can't believe how I have fallen for you
And I was not looking, was content to remain
And it's ironic to be back in the game
You are the one who's led me to the sun
How could I know that I was lost without you
And I want to tell you, you control my rain
And you should know that you are life in my veins
You are the one who's led me to the sun
How could I know that I was lost without you
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Premonição
Certa como todas já antes sentidas...
Espada de vários gumes no meu querer...
Arauto de dias mais sombrios que virão...
Roubando-me a alegria do olhar...
Gelando-me o corpo e o coração...
Triste vaticínio que não tardará...
Em afastar-me do que mais quero...
Levando-me para o abismo dos sentidos...
Trazendo-me torrentes de lágrimas...
E o frio cortante de uma triste lonjura...
Hoje não consigo sorrir por entre as nuvens...
domingo, 7 de outubro de 2007
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Terra Mãe
Não te esqueço… vivo-te na minha alma…
Nestes dias em que passeava nas tuas avenidas…
Com o Sol… e a Luz que Deus Te deu…
Canoas do Tejo… castanhas de Outono…
Choro-te com saudades… tantas saudades…
Nunca te deixei… apenas afastei-me…
Mas no coração te tenho… tão guardada…
Tão em mim… tão real… tão verdadeira…
Tanto encerras de mim… e em mim…
Tanto Viver… tanto Sentir…
Terra minha… minhas veias…
Meu sangue… meus passos…
Minha Vida…
Minha Lisboa tão amada…
Tão lembrada… tão desejada…
Tanto me deste… tanto me embalaste…
Amor nunca perdido… nunca esquecido…
Amor de sempre… vivido na carne…
Luzes… sons… cores… margens…
Lisboa…meu Fado… única… inesquecível…
Gente da minha terra… amada… eternamente…
Terra Mãe.
Vou
Vou ...
Lançar-te um olhar fulminante...
Atrair-te para a minha teia...
Prender-te nos meus braços...
Rasgar-te a roupa...
Vou ...
Arrancar-te gemidos...
Cansar-te até à exaustão...
Dar-te o beijo do século...
Vou ...
Enlouquecer-te...
Fazer-te implorar por mais...
Fazer-te rastejar a meus pés...
Devorar o teu corpo nu...
Dias e noites… noites e dias…
E…
Quando já não souberes quem és…
Começo tudo de novo…
in Sonhos de uma cota
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Almas Gémeas
Um dia…
Quem sabe quando… ou onde…
Em que Dimensão…
Em que Espaço…
Em que Vida…
Voltaremos a ver-nos…
E quando o meu sorriso…
Que “está fechado na palma da tua mão”...
Reencontrar o teu …
Que “tenho fechado na palma da minha mão”…
Terei chegado ao meu Jardim…
Ao meu Porto de Abrigo…
Assim se cumpra o que escrito está…
O sim… aquele “Sim”…
Foi para toda a Vida…
Para a de ontem… a de hoje…a de amanhã…
Para todas as que existirem…
Porque tudo empalidece… e perde importância…
Comparado a Ti… Alma Gémea.
As voltas da vida
... e já dei tantas voltas à vida ...
... que a vida me está a trazer de volta ...
.. às voltas que eu quero voltar...
... quando voltar das minhas voltas...
... vou dar mais voltas e voltas...
... e vou partir sem voltar...
.*.*.K.*.*.
Tenho Tanto Sentimento
Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual a errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
Fernando Pessoa
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Si tú te vas
Si tú te vas…
Mis lágrimas serán llovizna…
Y llevarán tu nombre…
Pero… un día…
Cuando te vayas…
Ya nada será igual…
Lleva contigo mi sonrisa…
Mis besos… y mi pasión…
No me olvides…
No me alejes de tu corazón…
Guárdame en tu alma…
Como si tuviera sido un viaje…
A un mundo donde solo tú existías…
Guarda mi imagen…
Para que veas siempre…
Un rostro que has acariciado…
Unos ojos que te miraron con ternura…
Y cuando te sientas solo…
Piénsame… siénteme…
Porque siempre estarás aquí…
No me dejarás jamás…
Quedarás en mí…
Como un dulce sueño…
Una fragancia distinta…
Un mar de deseos…
Así es como te quiero…
terça-feira, 2 de outubro de 2007
As contas da Maria
Pois é, hoje fiz contas como um drogado.
Caí na asneira de depositar o meu ordenado na sexta-feira e pronto, meteu-se o fim-de-semana e hoje nickles! O resultado prático foi contar os cêntimos para despesas básicas, sendo uma delas uns litrinhos de gasosa para o meu adorado Piroso e a outra o meu Marlboro. Não é que seja uma gastadora, nada disso, sou até muito poupadinha, mas se não fosse a desgraçada da contribuição autárquica e outras maquias para fins absolutamente necessários não tinha ficado nas lonas. Por isso é que eu culpo o (des) Governo pela minha penúria, raios parta esta cambada que nos leva uma pipa de massa em impostos pra tudo! Fónix!
Claro que o tabaco não devia ser uma despesa básica mas que pode fazer uma viciada? Depois de umas compritas no super restou-me a módica quantia de 4,51 € e com mais uns cascalhos que tinha na carteira o meu carrito comeu mais ou menos dois litrinhos de gasosa e eu fiquei com o 100% pra não amarinhar pelas paredes. Coitado do Piroso, foi o grande prejudicado, sinto-me uma mãe desnaturada mas tinha de dar umas passas! Céus, e não é que estou mesmo drogada? Agora já percebo como são as contas deles, enfim, uma constatação desoladora.
Se amanhã não tiver o raio da massa disponível vou para a porta do Banco e faço um escândalo do caraças, acabou-se. Tou-me nas tintas para o cativo e o raio que os parta. Então eles não sabem que a Maria precisa de fumar? Ora bolas, que falta de consideração!
Pra me vingar pus-me a ouvir a “Maria” do Ricky, faz de conta que a escreveu só pa mim, só pa mim e só pa mim, pontus!
Un, dos, tres, un pasito pa'delante, Maria, un, dos, tres, un pasito pa'atrás… ai lo lé, lo lé lo lai…